terça-feira, 13 de novembro de 2007

Jornalistas deveriam amar os números

Os números podem esconder (ou revelar) grandes histórias. Só por esse motivo deveriam ser adorados pelos jornalistas. Mas, não. Eles são tratados com desprezo.

O Wordblog traz um texto ("Nove em cada dez jornalistas não entendem os números" - em Inglês), que merece ser lido.

Alinha exemplos que vejo quase todos os dias nos jornais. "A violência dobrou". Isso parece um desastre. Pode não ser. Se o total de casos passou de 1 para 2 a importância não é a mesma de outro em que o aumento foi de 1 mil para 2 mil.

Um exemplo que costumo citar: um banco anuncia que este ano vai liberar R$ 100 milhões para o financiamento de moradias. Preguiçoso, o jornalista apenas repete a informação. E lhe dá destaque.

E se no ano passado esse mesmo banco destinou R$ 200 milhões para o mesmo tipo de crédito? Aqueles R$ 100 milhões significam, na verdade, um corte de 50%. São uma notícia ruim, não uma boa notícia.

Os números revelam. E enganam. Mas deveriam ser tratados como amigos, pelos jornalistas.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Blogs merecem confiança

Blog é uma fonte confiável? A resposta é sim, cada vez mais.

Trabalho publicado pelo Grupo Arketi, especializado em novas tecnologias, revela que 54% dos jornalistas usam os blogs como fontes primárias.

Os sites merecem a confiança de 74% dos jornalistas consultados.

Mídia abandona os jovens

Os números foram levantados pela BBC. Nos últimos dois anos, o interesse dos jovens londrinos (de 8 a 15 anos) pela programação da TV caiu de 96 para 93%; e, pelo rádio, de 40 para 20% (um abismo).

Ao mesmo tempo, 53% agora usam a Internet, contra 47% em 2005.

Eles estão abandonando as mídias tradicionais. Qual o motivo? É que foram abandonados, antes, por elas.

Que os jovens se interessam muito pela Web não é novidade para ninguém. Por que será, então, que não há montanhas de sites com conteúdo jornalístico voltado para esse público?

No Brasil, não conheço nem um só. Não está, aí, um belo nicho de mercado?

Sua rua também é notícia

Os jornais brasileiros teimam em competir com o New York Times. Vão perder sempre. Abrem generosos espaços ao jornalismo internacional e esquecem as notícias que teimam em ocorrer na esquina. E ainda se surpreendem com a perda contínua e acelerada de leitores.

Nos Estados Unidos, aposta-se no jornalismo hiperlocal. E haja hiper! Agora já se busca a notícia rua a rua.

Você se interessaria por um jornal que tivesse apenas notícias ocorridas na rua em que mora? Aposto que sim.

Os editores do YourStreet acham o mesmo. O jornal coleta informações na Internet e recebe contribuições de usuários cadastrados (são até 50 mil notícias por dia).

É como se houvesse um jornal para cada rua da cidade.

Os leitores agradecem. E a cada dia os jornalões fazem menos falta.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A Redação vai pra rua (e cabe no bolso)

Quando se fala em jornalistas pensa-se em uma pessoa com um bloco de anotações e uma caneta.

Se depender da Reuters e do Centro de Pesquisa Nokia essa imagem será brevemente substituída por outra, em que o destaque são os telefones celulares.

As duas organizações anunciaram uma iniciativa, chamada de Reuters Mobile Journalism, que pretende conectar teclado, microfone e um tripé ao Nokia N95.

No celular será possível editar textos, imagens e vídeos. Diretamente de onde está acontecendo a notícia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Está chegando a notícia em estado bruto

O canal de notícias Euronews está anunciando o "No Comment TV", um canal de notícias inicialmente disponível apenas no YouTube.

Serão vídeos sem narração ou legendas, com a história contada apenas pela imagem, sem a editorialização do conteúdo.

É grande o número de jornalistas convencidos de que sua opinião é mais importante que os fatos. A Euronews pretende mostrar como estão errados.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Site permite encontrar emissoras de rádio

O rádio se beneficiou largamente da Internet. A web permitiu que suas transmissões escapassem da limitação imposta pela freqüência modulada e voltassem a ser captadas ao redor do mundo, como na época das ondas curtas.

Ouvir emissoras baseadas em países distantes era comum há 50 anos. Unia o mundo. Era um sacrifício captá-las, mas o esforço valia a pena.

Agora é bem mais fácil encontrar e ouvir uma emissora, esteja ela na Croácia ou no Sudão. Basta acessar o mecanismo de busca IHeard (Eu Ouço), ainda em versão beta, lançado pela Fusa Capital.

É possível refinar a busca por gênero musical, país ou idioma, por exemplo.

Outros mecanismos de busca da Fusa Capital:

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Procura-se um editor

Está faltando emprego para os jornalistas? A resposta é sim e não. Sim, se estivermos falando dos trabalhos tradicionais. Mas estão surgindo vagas para tarefas até pouco tempo inexistentes.

Um exemplo: o jornal britânico The Guardian está procurando um "editor de palavras-chave".
A função do novo cargo: verificar se as palavras-chave usadas no site do jornal são consistentes com as necessidades dos leitores e com a política editorial do The Guardian.

O profissional precisa circular com desenvoltura pelo texto, "cartoons", vídeos e podcasts.

A anúncio é um aviso para os estudantes: há vida inteligente fora das redações dos grandes veículos. Seu futuro trabalho pode nem ter sido inventado ainda.

domingo, 7 de outubro de 2007

Como ser um estudante de Jornalismo

Os conselhos estão no excelente Online Journalism Blog. Faço, aqui, um resumo dos principais.

1) Leia o noticiário - Surpreendentemente, alguns jornalistas não leiem jornais. Como querem escrever, se não lêem? Vejam o noticiário na TV e ouçam as notícias no rádio.

2) Esqueça que você tem opinião - Você acha que alguém se importa com o que você pensa? Seja objetivo (costumo dizer algo parecido a meus alunos: "O que você pensa não tem a menor importância". Quero dizer com isso: "Fatos. Fatos. Fatos. É isso o que o leitor espera do jornalista. Sua opinião guarde-a para quando estiver escrevendo um artigo. Todo jornalista tem e deve ter opinião, é claro. Só não cabe externá-la na matéria").

3) Faça contatos - Eles são vitais para o seu trabalho como jornalista. São eles que lhe contam o que está acontecendo.

4) Não fique sentado esperando a resposta do email - As pessoas podem ignorar emails e geralmente o fazem. Um telefonema é mais difícil de ignorar. Aprenda a usar o telefone, o celular, o Skype. Seja persistente.

sábado, 6 de outubro de 2007

Japão tenta atrair leitores jovens

A tentativa é desesperada. Três jornais japoneses - o conservador Yomiuri Shimbun, o liberal Asahi Shimbun e o econômico Nikkei - estão criando um portal de notícias, juntos.

O objetivo é atrair os jovens leitores para suas versões impressas.

Parece-me uma bobagem. Os jovens estão deixando de ler jornais porque não se identificam com a linguagem ou com os temas das reportagens.

A geração do hiperlink não se satisfaz com a estrutura - para eles antiquada - imposta pelos jornalões.

No Brasil, vemos os jornais tentando competir com o New York Times, em termos de cobertura internacional, virando as costas para os temas hiperlocais. É um suicídio lento e anunciado.

TV abre sucursais com uma só pessoa

O jornalista precisa dominar mais do que o idioma. Essa é uma exigência crescente, em várias redações.

Agora se espera que ele conheça tratamento de imagem, que consiga preparar histórias baseadas na fotografia, em áudio e vídeo, e mesmo tenha um domínio razoável de lógica de programação.

Exemplo dessa tendência parece ser a criação de sucursais com um profissional apenas, anunciada pela ABC News, canal deTV nos Estados Unidos.

Ele se encarregará de tudo, incluindo aí o uso da tecnologia necessária.

Leia, sobre o fato, o artigo "Emissora americana abre mini-sucursais internacionais".

sábado, 29 de setembro de 2007

Ache um túmulo

Conheço gente que não perde um enterro (confesso que os cemitérios me atraem. Principalmente a arquitetura dos túmulos e a arte que se pode encontrar neles. Os cemitérios são um bom lugar para ir quando estamos nos considerando superiores aos outros).

Hoje é possível fazer turismo nos cemitérios de Paris, Buenos Aires e aqui mesmo, em Salvador.

Um "tour"por sete das 27 quadras do Campo Santo, onde se pode apreciar cerca de 200 obras de arte, custa R$ 5,00, aqui na cidade.

Se você se interessa pelo assunto, está é uma dica do outro mundo (não pude evitar o trocadilho infame).

Trata-se do site Find a Grave (ache um túmulo), em que você pode localizar onde estão enterradas mais de 18 milhões de pessoas, e ler sobre elas.

O site é em Inglês, mas porque está citado aqui, em um blog que trata de Jornalismo Online?

Por que é um bom exemplo de nicho de mercado para os jornalistas. Quando se está na faculdade pensa-se sempre em escrever sobre política, esportes, turismo, etc. O problema é que há uma multidão querendo a mesma coisa.

Você conhece alguém que escreve reportagens sobre cemitérios, túmulos, etc? Não há concorrência.

Assim como esse, há uma infinidade de outros nichos de mercado. Pense nisso.

Italiano desobediente fica de castigo

Deu no jornal. Filho desobediente fica de castigo. E isso é notícia? É, se a mãe tiver 81 anos e o filho 61.

O caso aconteceu recentemente na Sicília e foi noticiado ao redor do mundo.

Você gosta de notícias curiosas, como esta? Já pensou em escrever em um jornal apenas com esse tipo de notícia?

E será que existe um, assim? Existe. Chama-se Que Mundo (em espanhol).

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Só 20 palavras

De quantas palavras precisamos para contar uma história? Vinte são suficientes. Ou cerca de três linhas.

Essa é a idéia por trás do site 20 Palabras, em que os jornalistas têm não mais do que três linhas, ou cerca de 20 palavras, para dar a notícia.

De acordo com um de seus diretores, Pablo Mancini, trata-se de "uma aposta nos formatos do futuro. Jornalismo lacônico, direto, uma pura gramática móvel."

No mínimo é um bom exercício de síntese. Bom tema para discussão nas escolas de Jornalismo.

Leia também

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Desculpem nossa falha (mas podem rir)

Jornalista gosta de procurar os erros dos coleguinhas, embora deteste quando os que cometeu são apontados.

Nenhuma outra profissão trata tão abertamente das próprias bobagens. Outros profissionais são inclusive impedidos de fazê-lo, censurados por códigos de ética.

Como ainda somos livres, ao menos quanto a isso, divirta-se com o blog Micos Jornalísticos, recheado de desventuras, e que é resultado de um trabalho acadêmico.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Onde os jovens vão buscar informações

Se precisam saber qual a "balada da hora" onde os jovens vão procurar informações? Na mídia impressa? Ou em uma comunidade como o Orkut? Ou em um site de relacionamentos como o MSN?

É o que deseja saber a Newspaper Association of America (NAA). Para isso, lançou um concurso, incentivando os jovens a postar um vídeo no YouTube mostrando o que lêem nos jornais.

Depois de publicado o vídeo o participante deve enviar o link ao e-mail needtoknow@naa.org, até 17 de dezembro.

O autor do melhor vídeo ganhará

  • um iPhone
  • celular-tocador da Apple
  • uma viagem com acompanhante para Washington, nos EUA, para participar do congresso anual da Newspaper Association of America

Não é a primeira vez que o YouTube é utilizado em uma estratégia para atrair o interesse dos jovens leitores.

Recentemente o jornal Los Angeles Times postou um clipe para adolescentes, com o objetivo de mostrar o suplemento LA Youth.

Veja clipe com o regulamento do concurso (em Inglês)

Veja também:
Estudo aponta descompasso entre jornalistas e leitores

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Como contar uma vida em 300 palavras

Brady Dennis, repórter do St. Petersburg Times, aceitou o desafio de escrever histórias inteiras usando no máximo 300 palavras. E histórias de pessoas comuns, que jamais despertariam o interesse da Imprensa.

Acabou ganhando o Prêmio Ernie Pyle de Jornalismo.

Uma dessas histórias chama-se "Depois que o céu caiu". O texto merece ser lido por todos os estudantes de jornalismo.

Aqui está ele, prejudicado por minha tradução, mas ainda assim um ótimo texto.

"Os poucos motoristas que passam pela Rodovia Costa do Sol, no condado de Pasco, dirigem-se à cabine de pedágio, entregam o dinheiro a Lloyd Blair e vão embora.

Nenhum deles sabe porque o velho homem senta-se ali, noite após noite, trabalhando naquele quase cemitério.

Bem, aqui está porque:

Porque anos atrás, numa gélida noite de inverno, em uma festa no Queens, Nova Iorque, ele conheceu uma mulher chamada Millie.

Porque ele se apaixonou por seus cabelos castanhos, seus grandes olhos e eletrizante sorriso.

Porque eles se casaram, foram morar em Staten Island, tiveram um filho e trabalharam por décadas em Manhattan; ela como contadora, ele como bancário.

Porque tinham o sonho de aposentar-se e ir morar na Flórida, e então economizaram a vida inteira, para tornar o sonho possível.

Porque, justo quando começaram a falar em mudar-se de Nova Iorque para o Sul, ela recebeu um diagnóstico de câncer de mama, e eles gastaram todo o tempo e dinheiro viajando para Nova Jersey, San Diego e México, em busca de cura.

Porque, no fim das contas, eles foram para a Flórida, de qualquer forma.

Porque eles finalmente compraram uma casa em Spring Hill, embora Millie estivesse tão fraca naquele dia que nem conseguiu sair do carro.

Porque ela morreu nove dias depois, em 5 de janeiro de 2002, um dia em que "o céu inteiro desabou", disse ele.

Porque, depois que ela se foi, ele se descobriu sozinho, com uma dívida de US$ 100 mil.

E então ele pegou o emprego.

Os motoristas que passam vêem um sorridente velho de 71 anos, com olhos azuis e um bigode grisalho, que diz a cada um deles: "Tenha uma boa noite!"

Eles não sabem o resto da história de Lloyd Blair, ou que ele carrega uma foto de Millie no bolso da camisa, logo abaixo do crachá, logo acima do coração."

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Blogs já têm dez anos

A blogosfera já reúne mais de 62 milhões de blogs e esse número aumenta a uma razão de 175 mil por dia.

O blog deixou de ser uma brincadeira de adolescentes e acabou incorporado pelos mais importantes veículos de comunicação do mundo.

Mas quando surgiu o primeiro e como se deu a evolução desse "caderno pessoal"?

Tudo começou no dia 1º de abril de 1997, quando Dave Winer lançou na rede a primeira postagem.

O jornal espanhol El País publicou um artigo ("Os weblogs fazem dez anos de agitação") mostrando a cronologia dos blogs e afirmando: "Nunca um meio de comunicação cresceu a tal velocidade".

Blog monitora Comunicação

O blog Monitorando divulgou uma lista com os principais blogs de pesquisadores em Comunicação no Brasil e Portugal.

São mais de cem nomes (o Escravos de Jol está lá).

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A vez do fotojornalismo

A Internet está ampliando a importância da imagem. Agora os repórteres fotográficos podem contar a história, que é "ilustrada" pelo texto.

"Pela primeira vez o fotojornalista pode ficar à frente do processo", maravilha-se a premiada fotógrafa Pauline Lubens, do jornal San Jose Mercury News.

Ela usa a fotografia (e o vídeo, e o texto, e ilustrações) para contar a história de Frank Sandoval, um soldado norte-americano gravemente ferido no Iraque.

Um trabalho para ser visto e revisto.

Mapas para sua matéria

Você está escrevendo sobre o trânsito na cidade, ou a respeito de um local específico (um restaurante, um teatro, uma praça).

Ajudaria muito ao leitor a inclusão de um mapa, mostrando, no primeiro caso, quais as ruas onde o tráfego é mais complicado e, no segundo exemplo, como chegar até o local.

E quem vai desenhar esse mapa? O Google Maps. Basta colocar o endereço que o mapa é gerado.

E você ainda pode criar um mostrando como ir de um lugar a outro. Para isso, clique em Como Chegar e, a seguir, digite o endereço de origem e o de destino.

Uma ferramenta e tanto para os jornalistas (ou para quem esqueceu como chegar em casa).

sábado, 1 de setembro de 2007

Um exemplo do novo jornalismo

Que fazer quando as portas dos veículos tradicionais (mídia impressa, emissoras de rádio e TV) se estreitam (na maioria dos casos, já nem mais há portas)? Enrolar o diploma de jornalista? Ou buscar alternativas?

Paloma GuedesPaloma Guedes, jornalista formada pela FTC-Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Salvador, preferiu garimpar nichos de mercado.

E encontrou um: o Youtube. Lá estão suas entrevistas com bandas desconhecidas da maioria dos brasileiros, mas que reunidas têm um público imenso.

Seu Programa Encarte inclui, por enquanto, 20 entrevistas. Vale a pena.

Veja Entrevista do Programa Encarte


Veja também
  • VBS TV - Rede online com clips de bandas

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Submarinos "afundam" imagem da Reuters

Foi uma vergonha polar. A agência de notícias Reuters publicou o que imaginava ser um furo mundial: imagens de minisubmarinos fincando a bandeira russa no fundo do mar ártico.

Primeiro problema: a agência não checou a informação. Alguém na Reuters viu a imagem em uma TV da Rússia e correu para a Internet, distribuindo-a pelo mundo inteiro.

Segundo e maior problema: Waltteri Seretin, um garotinho finlandês de 13 anos, viu a reportagem e reconheceu aqueles submarinos. Pareciam iguaizinhos aos de uma das primeiras cenas do filme Titanic.

Seretin fez o que a Reuters não quis fazer. Checou a informação. Ele acionou seu DVD e estava lá: a cena era mesmo retirada do filme. Contactou, então, o tablóide Ilta-Sanomat e desmascarou a agência de notícias.

Leia também

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Em vez do Photoshop

De um bom jornalista exigia-se domínio do idioma e conhecimento das técnicas de apuração e reportagem, além de ética, é claro.

Mas ninguém precisava ter maiores informações sobre fotografia, por exemplo.

Hoje, o jornalista precisa transitar confortavelmente pela edição e tratamento de imagens.

Uma infinidade de programas ajuda nessa tarefa. O mais completo deles é, sem dúvida, o Photoshop, mas a maioria de seus recursos jamais será usada por um jornalista. Além de tudo, é muito caro.

Qual a alternativa? Há várias, muitas delas gratuitas e disponíveis para uso pela Internet.

Veja exemplos de programas para tratamento de imagem:

É ético apagar ou alterar textos da Web?

Aconteceu comigo. E com Craig Whitney, editor do New York Times.

Há alguns dias recebi um pedido inusitado: uma ex-aluna solicitava que retirasse do ar entrevista que fizera no semestre anterior, para a disciplina Agência de Notícias.

Motivo: a fonte aparentemente teria se arrependido das declarações que dera.

Como se tratava de um trabalho acadêmico, que no fim das contas pertence ao educando que o fez, apaguei o texto.

Craig Whitney, do NY Times, recebeu pedido semelhante. Mas se recusou a deletar ou alterar a informação. "Não podemos reescrever a história", argumenta.

O assunto promete render muitas discussões. É ético modificar ou mesmo destruir um texto, às vezes anos depois de publicado na Rede? Essa prática não abriria espaço para manipulações?

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Quando usar um hiperlink

"Quando será que os jornais online vão entender o que significa hipertextualidade e passar a usá-la?"

A pergunta é de Marcos Palacios no excelente Blog do GJOL (veja, sobre jornalismo online mal feito, o post "Folha muda e fica igual").

O uso dos hiperlinks também é discutido no Wordblog, por Andrew Grant-Adamson (leia o artigo, em Inglês), que alinha alguns critérios.

Repito a tradução feita por Marcos Palacios para o texto de Adamson:

"Ao escrever uma postagem para um blog, eu desenvolvi quatro regras de linkagem:
1. O texto da postagem deve ser construído de modo a poder ser lido e fazer sentido sem que se siga qualquer dos links
2. Faça links para todo o material-fonte possível, fornecendo, pelo menos, uma breve indicação de seu conteúdo
3. Quando não for possível linkar porque o material não está online, cite mais extensamente a partir dele
4. Em áreas nas quais se espera que os leitores tenham conhecimentos, mas suspeita-se que alguns podem não tê-los, forneça links para material de apoio, como biografia ou história".

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Folha muda e fica igual

A Folha Online está de cara nova (veja o que mudou na Folha) .

São alterações cosméticas, embora os responsáveis achem que tornam a leitura "mais agradável, com textos e páginas mais vibrantes, leves e ilustrados".

Transpor o texto do impresso, colocar aqui e ali algumas imagens e inserir uma enquete na página inicial está longe de ser jornalismo online.

Os recursos de multimídia continuam sendo mal e porcamente utilizados e a interatividade limitada.

Mudou. Mas ficou igual.

domingo, 19 de agosto de 2007

Um público à espera de conteúdo

Eu assinava um serviço de notícias via SMS (sigla em inglês para Short Message Service, ou Serviço de Mensagens Curtas).
Um dia, recebi, no celular, a informação de que subira o preço da cebola, em Porto Alegre.

Moro em Salvador, odeia cebolas e não tinha a menor intenção de ir para o Rio Grande do Sul. Para que, então, tomaram meu tempo enviando-me uma informação inútil dessas?

Cancelei o serviço.

Lembrei do caso ao ler a conclusão de estudo feito pelo Ibope/Target Group Index: "60% dos brasileiros que vivem nos principais mercados consumidores do país possuem um celular, número que sobe para 83% entre os integrantes da classe A/B e 69% entre os jovens de 20 a 24 anos".

Belo público, à espera de um i-SMS (o "i", no caso, vem de inteligente).


Quanto tempo ficamos na Internet

Já somos 18,5 milhões de brasileiros pendurados na Internet, a partir de conexões domiciliares, um crescimento de 2,6% em julho último, comparando-se com o mês anterior.

No segundo trimestre, de acordo com sondagem do Ibope/NetRatings, "o total de pessoas com mais de 16 anos com acesso à internet em qualquer ambiente (casa, trabalho, escolas, universidades e outros locais) atingiu 36,971 milhões, um aumento de 13,5% sobre igual período do ano passado".

Em média, cada brasileiro ficou 23 horas e 30 minutos conectado, em julho, um recorde mundial, à frente do verificado nos Estados Unidos (19h52), Japão (18h41), Alemanha (18h07) e Austrália (17h51),

sábado, 18 de agosto de 2007

Podcast dá dinheiro

Tenho incentivado os alunos de jornalismo a pensar em podcasts como trabalho de conclusão do curso, em vez das repetidas monografias, dos sempre presentes vídeos, ou das muitas vezes titubeantes grandes reportagens.

Sem êxito, por enquanto.

Mas não tenho dúvidas: o podcast é um interessante nicho de mercado.

A empresa de pesquisa Emarketer comprova isso. Segundo ela, nos Estados Unidos os investimentos em propaganda dentro dos arquivos de podcast movimentarão US$ 240 milhões no ano que vem, contra os US$ 80 milhões registrados em 2006. Serão US$ 400 milhões em 2011.


E um público de 15 milhões de ouvintes em 2010. Loucos por conteúdo. Pense nisso.

Salvador em Pauta

Este é um trabalho de alunos da matéria Agência de Notícias (curso de Jornalismo da FTC-Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Salvador).

Mostra um pouco do Elevador Lacerda e do que ocorre nas madrugadas da cidade.

No que dá ser despreparado

O vídeo mostra o trabalho de um "jornalista" (assim mesmo, entre aspas).

Ele tenta entrevistar Rodrigo Amarante, músico da banda Los Hermanos.

O problema é que o "jornalista" (não vale a pena saber quem é) aparentemente recebeu uma pauta já com a pergunta sugerida e não lhe passou pela cabeça ler sobre a banda, pesquisar a respeito de sua trajetória.

Lascou a pergunta que lhe mandaram fazer e, como estava absolutamente despreparado para a função, acabou humilhado pelo músico.

Amarante mostra exemplarmente o que merece ser feito com um repórter preguiçoso.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Boa notícia para os jornalistas

Os usuários da Internet passam 47% do tempo de navegação lendo, ouvindo ou vendo conteúdos, um aumento de 37% nos últimos quatro anos.

Essa é uma das conclusões de estudo da OPA-Online Publishers Association.

O tempo utilizado com e-mails ou mensageiros como o MSN, por exemplo, caiu 28% (de 46 para 33%).

O maior interesse por conteúdo é uma boa notícia para os jornalistas.

Melhor ainda porque esse crescimento parece consistente. Em 2003 o conteúdo tomava apenas 10% do tempo de navegação.

domingo, 12 de agosto de 2007

Onde encontrar trabalho

Marco tem 5 milhões 200 mil amigos, mora em San Francisco e gosta de praia, jogging e dança.

Você pode saber mais sobre ele, lendo seu perfil no Dogster, um serviço online de redes sociais com fotos de animais de estimação, vídeos, diários e dicas de viagem caninas.

Sim, Marco é um cachorro, da raça schnauzer, e tem quatro anos.

Assim como o Dogster, há vários outros sites voltados para nichos de mercado, uma opção que pode ser maravilhosa para os jornalistas.

A maioria dos estudantes de Jornalismo pensa em procurar emprego nos grandes veículos de comunicação como os da mídia impressa, emissoras de rádio e TV.

Quase nenhum deles consegue. Esses empregos estão acabando.

Mas há um mundo de oportunidades, à espera de empreendedores. A Internet possui a maior parte delas.

Os profissionais norte-americanos já descobriram isso. Há sites (à espera de conteúdo) para os adeptos dos gatos, automóveis, calçados esportivos, etc.

E outras áreas, com milhões de interessados, sem representação adequada na web.

Exemplos de nichos de mercado:

E um baiano imperdível, sobre a ditadura - Diários da Ditadura

sábado, 11 de agosto de 2007

Quanta informação temos na web?

Tente imaginar 12 pilhas de livros, cada uma indo da Terra ao Sol.

Teríamos, aí, uma quantidade absurdamente grande de informações, correspondente a 3 milhões de vezes o que se encontra em todos os livros já publicados.

Pois é o que estará na Internet dentro de três anos. Serão 988 exabytes de informação, seis vezes mais do que temos hoje.

Os números estão no estudo "Universo Digital em Expansão", da IDC e EMC Corporation.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

O jornalista do futuro

O conhecimento do idioma e das técnicas de apuração e construção do texto jornalístico já não bastam.

O jornalista hoje precisa conhecer áreas até pouco tempo domínio de profissionais como o analista de sistemas, o programador de computadores ou o designer.

Será que as escolas estão acompanhando essas mudanças, ou viraram as costas para o mercado?

É preciso repensar as Faculdades de Jornalismo, defende Guillermo Franco, editor de Eltiempo.com.

Segundo ele, há falta de profissionais que possam levar à Academia a visão do que está acontecendo no mundo real.

Acompanhe cinco milhões de blogs

Como saber o que de mais importante está sendo publicado por cerca de cinco milhões de blogs, em todo o mundo?

Simples: acessando o Tailrank. O site varre a blogosfera e escolhe as melhores notícias.

Para isso, usa um algoritmo que privilegia a troca de links, o texto das postagens, a relevância do texto, etc.

A morte das agências - Nessa verdadeira teia de comunicação, ainda há lugar para um modelo de distribuição de notícias baseado no uso de correspondentes estrangeiros?

Certamente, não.

Uma nova experiência está sendo tentada pelo Nowpublic, utilizando o trabalho de colaboradores e jornalistas autônomos.

Como ocorre com a mídia impressa, as agências de notícias precisam se reinventar. É isso, ou a morte.

Estamos fora do mapa

Os números foram levantados pela revista Business Week, que listou as 30 cidades mais importantes no mundo, levando-se em conta o número de postagens e comentários em blogs.

Quantas ficam no Brasil? E na América do Sul? A resposta é a mesma para as duas perguntas: nenhuma.

De acordo com a revista, 76% da blogosfera fala inglês, e 60% dos blogs estão nos Estados Unidos.

As 30 cidades mais importantes:
  • Nova Iorque
  • Los Angeles
  • Londres
  • Chicago
  • Roma
  • Madri
  • Toronto
  • Houston
  • Washington
  • Atlanta
  • Paris
  • Seattle
  • San Diego
  • Austin
  • Minneapolis
  • Denver
  • San Francisco
  • Portland
  • Dallas
  • Cingapura
  • Saint Louis
  • Jacarta
  • Área do Brooklin (em Nova Iorque)
  • Filadélfia
  • Cidade do México
  • Montreal
  • Beijing
  • Moscou
  • Mumbai
  • Columbus

Leia a reportagem da Business Week (em Inglês)

O ano da virada

A publicidade na Internet ultrapassará a dos jornais em 2011, portanto daqui a quatro anos.

A previsão é da VSS (Veronis Suhler Stevenson) uma firma de capital de risco que investe em mídia deste 1987.

No ano passado, a imprensa escrita ficou com US$ 55,7 bilhões do bolo publicitário, e a televisão com US$ 48,7 bilhões.

Segundo a VSS, em 2011 a publicidade na Web somará US$ 63 bilhões.

sábado, 4 de agosto de 2007

Como enganar os leitores

A corrida pelo furo e a avalanche de informações despejada nas redações pelos chamados "jornalistas cidadãos" são a desculpa para a divulgação de informações sem a checagem dos fatos.

Resultado: cresce o número de notícias falsas, de montagens às vezes grosseiras entregues ao leitor como verdade.

Mesmo publicações importantes se deixam enganar e acabam, por sua vez, enganando a seus leitores.

Um desses casos envolveu o UOL após o acidente ocorrido em Congonhas, no mês de julho passado, quando um avião da TAM explodiu sobre um prédio da própria empresa.

O UOL publicou em sua home-page, dia 18/7, uma montagem enviada por um internauta como se fosse uma foto verdadeira. Via-se o prédio atingido pelo avião da TAM e uma pessoa em meio ao fogo.

A legenda: "Flagra de internauta: pessoa pula de prédio em chamas". Era mentira.

Veja como saiu no UOL:

Abaixo, a foto original:

A montagem:



Leia a explicação do UOL

Como fazer um bom comentário

Os conselhos são de Daniel Rodriguez, no blog Bulma.

Para começar - ensina -, leia o texto. Em seguida, veja os comentários já feitos (até para não correr o risco de repeti-los). Por último, verifique a data em que o artigo foi escrito. Você pode estar lendo agora um assunto antigo.

São muitos os conselhos de Daniel Rodriguez. Vale a pena lê-los (em espanhol).

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Saiba o que é "crowdsourcing"

"Crowdsourcing" (ou multidão de fontes, em uma tradução livre) é a palavra do momento, em jornalismo.

Robert Niles, do Online Journalism Review, considera que o "crowdsourcing" é a maior revolução do jornalismo online.

O termo indica a participação de um extenso grupo de leitores na confecção de uma reportagem.

Exemplos dessa multidão de fontes, as diferenças para uma enquete e para o jornalismo participativo estão discutidos no artigo "Um guia de crowdsourcing para os jornalistas" (em Inglês).

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Manual de sobrevivência para os jornalistas

Já ouviu falar em Mojo? E em Crowdsourcing?

Se você é jornalista, ou estuda Jornalismo, separe algum tempo, rapidamente, para ler sobre isso.

São termos que estão abrindo perspectivas interessantíssimas para o jornalismo, nos Estados Unidos.

"Mojo" vem de "mobile journalist", um profissional que já não sai às ruas com bloco de anotações e caneta.

Leva equipamentos que lhe permitem produzir fotos, arquivos de áudio e vídeo, e transmitir informações rapidamente para a web.

"Crowdsourcing" (multidão de fontes, em tradução livre), é uma prática que incorpora às reportagens a colaboração de literalmente uma multidão de leitores.

Os dois conceitos e muito mais estão no livro "Journalism 2.0: How to Survive and Thrive" (Jornalismo 2.0: Como Sobreviver e Prosperar).

Baixe uma cópia do livro, em PDF (gratuitamente)

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Um dia na vida de um repórter

Barry Svrluga tem 36 anos e escreve sobre baseball para o jornal The Washington Post.

Ele estava a caminho do barbeiro quando recebeu um e-mail, pelo celular, sobre a venda de dois importantes jogadores.

Svrluga dirigiu-se a um café, onde escreveu um comentário em seu laptop e postou o texto em seu blog, no jornal.

Depois de ter o cabelo cortado, o repórter do Washinton Post foi para a redação, onde participou de um "chat" com torcedores.

Em seguida, escreveu uma matéria para a edição impressa e gravou um podcast para o site do jornal.

Essa rotina se parece com seu dia-a-dia nor jornal? Você conseguiria fazer o mesmo? Se respondeu com dois redondos "não", tenho uma péssima notícia: você está saindo do mercado.

O jornal em que você trabalha está buscando essa abordagem multimídia, integrando texto, vídeo, áudio, galerias de fotos, mapas, links internos e externos, e mais a reação e a contribuição dos leitores?

Não? Avise a seu chefe. Ele está saindo do mercado.

domingo, 29 de julho de 2007

BBC oferece vídeo sob demanda

Se você é fã dos vídeos produzidos pela BBC esta é uma notícia para ser comemorada. Na sexta-feira, dia 27 de julho, a BBC anunciou o lançamento de seu serviço de TV online.

Agora é possível baixar os vídeos de uma seleção de programas exibidos nos últimos sete dias e assisti-los durante um mês.

Para isso é preciso instalar um software, o iPlayer, registrar-se e esperar convite.

O programa exige Windows XP SP2, Internet Explorer 6.0 ou acima, Windows Media Player 10, e conexão de banda larga.

Leia a notícia do lançamento do BBC on demand (em Inglês).

Isso, sim, é um infográfico!

Os responsáveis pelos sites de notícias no Brasil têm apenas uma pálida idéia do que é jornalismo online e acerca dos recursos de interatividade e multimidialidade possíveis e necessários.

A recente tragédia em São Paulo, onde um avião da TAM espatifou-se ao tentar pousar no Aeroporto de Congonhas foi mal e porcamente coberta pela imprensa online brasileira.

Alguns sites, por exemplo, ainda arriscaram incluir um ou outro infográfico, tosco, mal feito. Levaram um banho do El País, que publicou um de arrepiar.

Veja o infográfico do El País.

domingo, 22 de julho de 2007

iPhone é fria

Houve uma corrida, por parte dos consumidores, quando as lojas abriram as portas para a venda do iPhone, "gadget" desenvolvido pela Apple e que serve como
  • Telefone celular

  • Tocador de MP3

  • Câmera

  • Aparelho de acesso à Internet
Preço do brinquedo: de 500 a US$ 600 (em torno dos R$ 1.200).

O aparelhinho é um "mico", por muitos e bons motivos, a começar pelo preço. É caro demais, comparado a outros da concorrência.

A velocidade de conexão alcançada é exasperantemente baixa e o usuário precisa ficar preso a uma conta telefônica da AT&T.

Para ler alguma coisa na web é preciso ter visão de raios-x, só com muita sorte se consegue encontrar no mercado um headphone compatível, e a câmera tem baixa qualidade (2 megapixel).

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Veja a transmissão da Rádio CBN

Já foi a uma emissora de rádio e acompanhou a transmissão de um programa, direto do estúdio?

Quer ir a um, agora? Que tal visitar o estúdio da rádio CBN, em São Paulo?

Nem precisa levantar da cadeira. A Globo colocou uma câmera na CBN e agora é possível, literalmente, "ver" o programa da rádio.

Veja a rádio CBN, ao vivo.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Livro em PDF

Está disponível em PDF o livro "Jornalismo Digital de Terceira Geração", organizado por Suzana Barbosa.

A obra reúne uma série de artigos sobre a evolução da mídia online.

Faça o donwload do livro "Jornalismo Digital..."

Éramos assim...

Todos os anos, no dia 17 de junho, a Família Goldberg cumpre um ritual: o de deixar-se fotografar.

É feita uma foto de cada um dos integrantes da família. Pequena, quase 3x4, em preto e branco.

No início, em 1976, eram apenas Diego e Susy (a fotografia é daquele ano). Hoje já são, também, Nicolás, Matías e Sebastián.

As fotos da Família Goldberg, que mostram, no caso do casal, o estrago feito pelo tempo, podem ser acompanhadas pela Internet.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Como as pessoas navegam?

Uma das diferenças básicas entre a Internet e a mídia impressa é o fato de que na Web os leitores tendem, preferencialmente, a uma leitura não-linear. Certo?

Não se apresse em responder "sim". Um estudo interessante nesse sentido foi divulgado por Nora Paul e Laura Ruel, no site da Online Journalism Review, com base em galeria de fotos publicada pelo Washington Post.

A galeria permitia diversas formas de navegação:
  • O internauta poderia clicar em um thumbnail e ir diretamente para a foto
  • Clicar em um botão "Next" e ir para a foto seguinte
  • Clicar em "Autoplay" e ver todas as fotos em seqüência
  • Clicar no número da foto e ir diretamente para ela
  • Clicar em uma seta, ao lado da foto, passando para a próxima

Qual a opção mais utilizada? Pois foi exatamente uma das que levam a uma "leitura linear": o botão "Next" (preferência de 56% dos internautas).

Veja o estudo completo (texto em Inglês)

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Microsoft prepara uma revolução

Como você interage com o computador? Basicamente utilizando dois periféricos antiquados: o mouse, criado por Douglas Engelbart, em 1960, e o teclado, que vem de meados do século XIX.

A disposição das letras no teclado, chamada de QWERTY (as seis primeiras letras da linha superior), foi proposta por Cristopher Sholes.

Veja mais sobre a criação do teclado (texto em Inglês).

A Microsoft está desenvolvendo uma revolução, a que deu o nome de Surface, basicamente uma mesa transparente em que o usuário utiliza as mãos para efetuar tarefas.

Mas isso já não se faz nas telas touch-screen?

Não como o que está sendo proposto pela Microsoft.

Alguns exemplos de interação com a Microsoft Surface:
  • O usuário coloca uma câmera digital sobre a superfície. Imediatamente todas as fotos gravadas na máquina se espalham sobre a mesa.
  • Com as mãos, o usuário pode ampliar, reduzir, movimentar as fotos, rapidamente.
  • Coloca-se um celular sobre a mesa e arrasta-se as fotos para onde se encontra o celular, que grava as imagens.
  • O usuário entra em um site de comércio eletrônico, escolhe um produto, coloca seu cartão de crédito sobre a mesa e arrasta os itens desejados para o cartão. Pronto: fatura paga.

Veja vídeos que demonstram o uso da Microsoft Surface

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Arquivo do Roda Viva vai pra Web

Está no ar o Portal Roda Viva/Fapesp, resultado de acordo de cooperação entre a TV Cultura e a Fapesp-Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo .

O site, ainda em caráter experimental, anuncia uma mina de ouro para estudantes e pesquisadores: o acesso às transcrições (na íntegra) de todas as entrevistas realizadas no Roda Viva nos últimos 21 anos.

Foram mais de mil entrevistados, nesse tempo.

sábado, 16 de junho de 2007

Piscou? Nasceu um blog

Em todo o mundo são criados 1,4 blog e gravados 17 posts (37% destes em japonês) a cada segundo, calcula o Technorati.

O inglês é o segundo idioma das postagens (36%) e o português vem muito atrás, com 2%.

Duas bobagens sobre o futuro dos jornais

Os jornais agonizam. O culpado? A Internet. Bobagem. Estão morrendo por muitos outros motivos. Um deles: teimam em repetir fórmulas que deram certo há vinte, trinta, cinqüenta anos atrás.

Os editores não perceberam ainda que os leitores são outros.

Jornais com circulação no máximo estadual teimam em querer competir com o New York Times, por exemplo. Abrem generosos espaços para o noticiário internacional e esquecem as notícias que estão acontecendo na rua ao lado.

Outra bobagem - A maioria ainda não tem a menor idéia do que seja escrever para a Web. É por isso que se insiste em bobagens do tipo publicar a edição impressa em PDF.

Ninguém se interessa em ler o jornal nesse formato, segundo pesquisa recente da Associação de Negócios de Mídia da Noruega.

Leia o artigo Ninguém quer jornal em PDF, do jornalista Steffen Fjaervik, diretor associado do Instituto (em Inglês).

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Um mundo (quase) desabitado

Quando se discute como escrever para a Web, pensa-se, quase sempre, em como deve ser formatada a informação para uma tela de computador.

São 850 milhões desses equipamentos, no planeta... e 2,7 bilhões de plataformas móveis, como o telefone celular, um campo aberto (e desafiador) para o jornalismo e a publicidade.

Há um mundo além das grandes redações, à espera de vida inteligente.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Como usar o e-mail no Jornalismo

O e-mail, se bem utilizado, pode ser uma poderosa ferramenta na busca da informação e, portanto, não deve ser desprezado pelo jornalismo.

Esta é a opinião de Steve Gunn, editor para novos produtos e inovações do The Charlotte Observer.

Ele concedeu entrevista para o site Covering Communities, sobre o uso do e-mail pelos repórteres do Charlotte (texto em Inglês).