sábado, 29 de setembro de 2007

Ache um túmulo

Conheço gente que não perde um enterro (confesso que os cemitérios me atraem. Principalmente a arquitetura dos túmulos e a arte que se pode encontrar neles. Os cemitérios são um bom lugar para ir quando estamos nos considerando superiores aos outros).

Hoje é possível fazer turismo nos cemitérios de Paris, Buenos Aires e aqui mesmo, em Salvador.

Um "tour"por sete das 27 quadras do Campo Santo, onde se pode apreciar cerca de 200 obras de arte, custa R$ 5,00, aqui na cidade.

Se você se interessa pelo assunto, está é uma dica do outro mundo (não pude evitar o trocadilho infame).

Trata-se do site Find a Grave (ache um túmulo), em que você pode localizar onde estão enterradas mais de 18 milhões de pessoas, e ler sobre elas.

O site é em Inglês, mas porque está citado aqui, em um blog que trata de Jornalismo Online?

Por que é um bom exemplo de nicho de mercado para os jornalistas. Quando se está na faculdade pensa-se sempre em escrever sobre política, esportes, turismo, etc. O problema é que há uma multidão querendo a mesma coisa.

Você conhece alguém que escreve reportagens sobre cemitérios, túmulos, etc? Não há concorrência.

Assim como esse, há uma infinidade de outros nichos de mercado. Pense nisso.

Italiano desobediente fica de castigo

Deu no jornal. Filho desobediente fica de castigo. E isso é notícia? É, se a mãe tiver 81 anos e o filho 61.

O caso aconteceu recentemente na Sicília e foi noticiado ao redor do mundo.

Você gosta de notícias curiosas, como esta? Já pensou em escrever em um jornal apenas com esse tipo de notícia?

E será que existe um, assim? Existe. Chama-se Que Mundo (em espanhol).

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Só 20 palavras

De quantas palavras precisamos para contar uma história? Vinte são suficientes. Ou cerca de três linhas.

Essa é a idéia por trás do site 20 Palabras, em que os jornalistas têm não mais do que três linhas, ou cerca de 20 palavras, para dar a notícia.

De acordo com um de seus diretores, Pablo Mancini, trata-se de "uma aposta nos formatos do futuro. Jornalismo lacônico, direto, uma pura gramática móvel."

No mínimo é um bom exercício de síntese. Bom tema para discussão nas escolas de Jornalismo.

Leia também

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Desculpem nossa falha (mas podem rir)

Jornalista gosta de procurar os erros dos coleguinhas, embora deteste quando os que cometeu são apontados.

Nenhuma outra profissão trata tão abertamente das próprias bobagens. Outros profissionais são inclusive impedidos de fazê-lo, censurados por códigos de ética.

Como ainda somos livres, ao menos quanto a isso, divirta-se com o blog Micos Jornalísticos, recheado de desventuras, e que é resultado de um trabalho acadêmico.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Onde os jovens vão buscar informações

Se precisam saber qual a "balada da hora" onde os jovens vão procurar informações? Na mídia impressa? Ou em uma comunidade como o Orkut? Ou em um site de relacionamentos como o MSN?

É o que deseja saber a Newspaper Association of America (NAA). Para isso, lançou um concurso, incentivando os jovens a postar um vídeo no YouTube mostrando o que lêem nos jornais.

Depois de publicado o vídeo o participante deve enviar o link ao e-mail needtoknow@naa.org, até 17 de dezembro.

O autor do melhor vídeo ganhará

  • um iPhone
  • celular-tocador da Apple
  • uma viagem com acompanhante para Washington, nos EUA, para participar do congresso anual da Newspaper Association of America

Não é a primeira vez que o YouTube é utilizado em uma estratégia para atrair o interesse dos jovens leitores.

Recentemente o jornal Los Angeles Times postou um clipe para adolescentes, com o objetivo de mostrar o suplemento LA Youth.

Veja clipe com o regulamento do concurso (em Inglês)

Veja também:
Estudo aponta descompasso entre jornalistas e leitores

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Como contar uma vida em 300 palavras

Brady Dennis, repórter do St. Petersburg Times, aceitou o desafio de escrever histórias inteiras usando no máximo 300 palavras. E histórias de pessoas comuns, que jamais despertariam o interesse da Imprensa.

Acabou ganhando o Prêmio Ernie Pyle de Jornalismo.

Uma dessas histórias chama-se "Depois que o céu caiu". O texto merece ser lido por todos os estudantes de jornalismo.

Aqui está ele, prejudicado por minha tradução, mas ainda assim um ótimo texto.

"Os poucos motoristas que passam pela Rodovia Costa do Sol, no condado de Pasco, dirigem-se à cabine de pedágio, entregam o dinheiro a Lloyd Blair e vão embora.

Nenhum deles sabe porque o velho homem senta-se ali, noite após noite, trabalhando naquele quase cemitério.

Bem, aqui está porque:

Porque anos atrás, numa gélida noite de inverno, em uma festa no Queens, Nova Iorque, ele conheceu uma mulher chamada Millie.

Porque ele se apaixonou por seus cabelos castanhos, seus grandes olhos e eletrizante sorriso.

Porque eles se casaram, foram morar em Staten Island, tiveram um filho e trabalharam por décadas em Manhattan; ela como contadora, ele como bancário.

Porque tinham o sonho de aposentar-se e ir morar na Flórida, e então economizaram a vida inteira, para tornar o sonho possível.

Porque, justo quando começaram a falar em mudar-se de Nova Iorque para o Sul, ela recebeu um diagnóstico de câncer de mama, e eles gastaram todo o tempo e dinheiro viajando para Nova Jersey, San Diego e México, em busca de cura.

Porque, no fim das contas, eles foram para a Flórida, de qualquer forma.

Porque eles finalmente compraram uma casa em Spring Hill, embora Millie estivesse tão fraca naquele dia que nem conseguiu sair do carro.

Porque ela morreu nove dias depois, em 5 de janeiro de 2002, um dia em que "o céu inteiro desabou", disse ele.

Porque, depois que ela se foi, ele se descobriu sozinho, com uma dívida de US$ 100 mil.

E então ele pegou o emprego.

Os motoristas que passam vêem um sorridente velho de 71 anos, com olhos azuis e um bigode grisalho, que diz a cada um deles: "Tenha uma boa noite!"

Eles não sabem o resto da história de Lloyd Blair, ou que ele carrega uma foto de Millie no bolso da camisa, logo abaixo do crachá, logo acima do coração."

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Blogs já têm dez anos

A blogosfera já reúne mais de 62 milhões de blogs e esse número aumenta a uma razão de 175 mil por dia.

O blog deixou de ser uma brincadeira de adolescentes e acabou incorporado pelos mais importantes veículos de comunicação do mundo.

Mas quando surgiu o primeiro e como se deu a evolução desse "caderno pessoal"?

Tudo começou no dia 1º de abril de 1997, quando Dave Winer lançou na rede a primeira postagem.

O jornal espanhol El País publicou um artigo ("Os weblogs fazem dez anos de agitação") mostrando a cronologia dos blogs e afirmando: "Nunca um meio de comunicação cresceu a tal velocidade".

Blog monitora Comunicação

O blog Monitorando divulgou uma lista com os principais blogs de pesquisadores em Comunicação no Brasil e Portugal.

São mais de cem nomes (o Escravos de Jol está lá).

terça-feira, 4 de setembro de 2007

A vez do fotojornalismo

A Internet está ampliando a importância da imagem. Agora os repórteres fotográficos podem contar a história, que é "ilustrada" pelo texto.

"Pela primeira vez o fotojornalista pode ficar à frente do processo", maravilha-se a premiada fotógrafa Pauline Lubens, do jornal San Jose Mercury News.

Ela usa a fotografia (e o vídeo, e o texto, e ilustrações) para contar a história de Frank Sandoval, um soldado norte-americano gravemente ferido no Iraque.

Um trabalho para ser visto e revisto.

Mapas para sua matéria

Você está escrevendo sobre o trânsito na cidade, ou a respeito de um local específico (um restaurante, um teatro, uma praça).

Ajudaria muito ao leitor a inclusão de um mapa, mostrando, no primeiro caso, quais as ruas onde o tráfego é mais complicado e, no segundo exemplo, como chegar até o local.

E quem vai desenhar esse mapa? O Google Maps. Basta colocar o endereço que o mapa é gerado.

E você ainda pode criar um mostrando como ir de um lugar a outro. Para isso, clique em Como Chegar e, a seguir, digite o endereço de origem e o de destino.

Uma ferramenta e tanto para os jornalistas (ou para quem esqueceu como chegar em casa).

sábado, 1 de setembro de 2007

Um exemplo do novo jornalismo

Que fazer quando as portas dos veículos tradicionais (mídia impressa, emissoras de rádio e TV) se estreitam (na maioria dos casos, já nem mais há portas)? Enrolar o diploma de jornalista? Ou buscar alternativas?

Paloma GuedesPaloma Guedes, jornalista formada pela FTC-Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Salvador, preferiu garimpar nichos de mercado.

E encontrou um: o Youtube. Lá estão suas entrevistas com bandas desconhecidas da maioria dos brasileiros, mas que reunidas têm um público imenso.

Seu Programa Encarte inclui, por enquanto, 20 entrevistas. Vale a pena.

Veja Entrevista do Programa Encarte


Veja também
  • VBS TV - Rede online com clips de bandas