quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Estamos dormindo (de novo)

No Brasil, a Internet tem quase 50 milhões de usuários. O número de celulares é três vezes maior.

O aparelhinho está, portanto, muito mais presente no dia-a-dia dos usuários do que o computador.

E o que nós, jornalistas, estamos produzindo, para essa mídia?

Nada que preste.

O mercado publicitário está muito mais atento. Podem anotar: vamos ver cada vez mais publicidade nos celulares.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mídia baiana é analisada

Enfim, um blog decente sobre a nossa mídia. É o Mídia Baiana.

Nos 20 anos em que trabalhei na imprensa diária, em Salvador, senti muito a falta de críticas externas ao trabalho que fazia.

Se o Mídia Baiana existisse certamente teria me ajudado a errar menos.

sábado, 20 de setembro de 2008

O online vem primeiro

Coloque um anúncio no jornal impresso e ganhe outro no online. Já ouviu muito essa proposta? E o contrário?

Anuncie no online e receba, de graça, uma inserção publicitária na mídia impressa. Nunca ouviu?

Pois isso já está acontecendo. E não é em nenhum jornal perdido nos cafundós de Judas. É no poderoso e influente New York Times.

Para quem duvida, reproduzo a proposta feita pelo NY.

Sei que muitos (talvez ainda a maioria) dos donos de jornais insistem em acreditar que a Internet é apenas uma brincadeira de jovens nerds ou de adultos que não tem o que fazer.

É uma falta de visão que cedo ou tarde terá que ser alterada. Para o bem da mídia impressa.

O fim da imprensa

Depois de longo (e tenebroso) inverno, retomo as postagens, aqui no Escravos de Jol, espero que agora sem interrupções maiores.

E queria (re)começar conversando sobre um assunto que nunca sai de pauta. Estaria a mídia impressa (principalmente os jornais) com os dias contados?

A editora da Folha Online, Ligia Braslauskas, acredita que eles ainda podem durar 20 anos.

Ramon Salaverría, diretor do Laboratorio de Comunicación Multimedia (MMLab) da Universidade de Navarra, escreveu um artigo mostrando que os diários se aproximam do momento em que terão que fazer a mudança mais importante de sua história: aquele em que o papel dará lugar ao suporte digital.

(Eu sei, o suporte digital ainda é tosco, como o livro apresentado na foto acima, mas a Internet também era tosca, há 15 anos).

O desafio deve ser estendido às faculdades de Comunicação.

Ligia Braslauskas (na foto) concorda com o fato de que os jornais precisam mudar a forma de abordar a informação, ampliando o espaço para a análise.

Acho que as revistas semanais são, na verdade, as maiores ameaçadas. No momento em que os jornais passarem a mostrar, diariamente, as causas e conseqüências do fato, com análises em profundidade, as revistas terão que encontrar outra fórmula, ou chegarão velhas, às bancas.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Spam dá cadeia

Adam Vitale, 28 anos, vai cumprir 30 meses de prisão e pagar multa de US$ 183.304 ao provedor de acesso à internet AOL.

Crime cometido por Vitale: o envio de 1,2 milhão de spams (mensagens não solicitadas) pela web.

O anúncio da sentença foi dado nesta terça-feira, dia 15, em Nova Iorque.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Um míssil a mais

O Irã testou na quarta-feira, dia 9 de julho, mísseis com alcance suficiente para atingir Israel. Acabou acertando a credibilidade da imprensa mundial.

Foto distribuída pela agência France Presse mostra quatro mísseis sendo disparados.

Saiu em vários jornais.

A foto, "divulgada pela Guarda Revolucionária do Irã", era falsa. Houve uma montagem, para aumentar seu impacto.

O terceiro míssil, da esquerda para a direita, é uma cópia do segundo.

Percebe-se melhor a montagem olhando para os rolos de fumaça (no destaque).

A foto verdadeira (abaixo da falsificada) foi feita pela Reuters, a partir da transmissão do canal de notícias iraniano Al-Alam.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A notícia pode estar ao seu lado

O que está acontecendo no meu bairro? E no quarteirão onde moro?

Um dos sites que se propõem a encontrar respostas a essas perguntas é o Everyblock, experiência que por enquanto abrange apenas as cidades de Nova Iorque, Chicago e San Francisco.

Os mortos do Iraque

O jornal Washington Post tem uma página impressionante, em seu site. Chama-se Faces of the Fallen (os rostos dos que tombaram, em tradução livre), e exibe fotos e informações sobre soldados norte-americanos mortos no Iraque.

O que choca não é o total até agora (mais de 4.500), mas a idade de grande parte deles. São jovens de 19 anos, 20 anos. E que estão morrendo para que algumas empresas possam ampliar o faturamento.

sábado, 7 de junho de 2008

Globo abre os arquivos

Está entrando no ar, hoje, dia 7 de junho, um site com o conteúdo produzido pela TV Globo desde sua inauguração, em 1965.

É o Memória Globo, que inclui a programação exibida, perfis, entrevistas e fatos polêmicos (por exemplo, o debate Collor x Lula e o caso Proconsult).

domingo, 1 de junho de 2008

O que se exige de um jornalista

  1. Que seja capaz de escrever tanto para a Internet quanto para a mídia impressa
  2. Que saiba aparecer diante de uma câmera
  3. Que saiba editar áudio e vídeo
  4. Que seja capaz de gerar produtos multimídias
  5. Que tenha noções de usabilidade (facilidade de uso)
  6. Que conheça formas alternativas de contar uma história
  7. Que entenda a narrativa digital
  8. Que tenha noções de jornalismo participativo
  9. Que saiba criar, promover e administrar comunidades sociais
  10. Que esteja familiarizado com o sistema de administração de conteúdo
  11. Que saiba que tipos de conteúdos são adequados para dispositivos móveis
  12. Que seja capaz de entender onde e quando as audiências consomem conteúdo

A lista encontra-se no artigo "Repensar as faculdades de jornalismo", escrito por Guillermo Franco (em espanhol).

Pode-se acrescentar muitas outras habilidades/competências, como por exemplo:

  1. Que conheça programas de tratamento de imagem
  2. Que saiba criar bons link
  3. Que tenha noções de gerenciamento de bancos de dados
  4. Que conheça lógica de programação
  5. Que tenha noções de animação

sábado, 31 de maio de 2008

Globo investe nos bairros

A Globo colocou no ar o que poderia ser uma bela idéia de jornalismo participativo ou hiperlocal, mas que por enquanto é só uma bela idéia.

Trata-se do portal Bairros.com, com notícias de cada uma das regiões do Grande Rio, redigidas pelos repórteres dos Jornais de Bairro (enviadas para o site via celular) e a contribuição dos leitores.

Três problemas:
  • O nome é ruim por que o domínio bairros.com não pertence à Globo
  • É preciso se cadastrar para ter acesso ao conteúdo
  • Há poucos incentivos, nos textos, para a participação dos leitores

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A lenta morte dos jornais impressos

A morte é anunciada e lenta, mas parece que os donos de jornais impressos estão de olhos vendados.

Continuam a perder leitores e valor de mercado, em marcha batida rumo ao fechamento.

Sobre o tema vale a pena ler o artigo “Out of print” (esgotado), que saiu na revista semanal New Yorker, assinado pelo repórter Eric Alterman (texto em Inglês).

Os números referem-se à imprensa norte-americana, mas o clima de funeral é o mesmo, em todo o mundo:
  • Só 19% das pessoas entre 18 e 34 anos lêem jornais
  • Desde 1990 foram fechados 25% dos títulos
  • A idade média das publicações é de 54 anos (e caindo)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Como se fazia jornalismo

Podem ser lidos, na web, números inteiros de duas publicações que marcaram o jornalismo no Brasil: as revistas Careta (que começou a ser publicada em 1908) e Cruzeiro.

É material imperdível para os estudantes de jornalismo.

Os textos são uma delícia.

Da Revista Cruzeiro, por exemplo, anotei o seguinte trecho: "Ha annos atraz, uma perna feminina tinha todo o encanto das coisas ignoradas..."

Como tem mudado, este mundo!

domingo, 25 de maio de 2008

Dez conselhos aos donos de jornais

Os dez conselhos estão no estudo "Vá para a Web agora" (em Inglês), divulgado pela Belden Associates, consultoria especializada em mídia, aqui livremente traduzidos:
1) Seu web site não pode ser encarado como um problema
2) Seu web site não pode ser uma cópia do seu jornal
3) Você não é dono dos usuários, nem os controla
4) Você não tem a opção de negar aos usuários a geração de conteúdo
5) Seu web site não é lugar para reproduzir conteúdo ou publicidade da versão impressa
6) Seu web site deve conter importantes porções de conteúdo gerado em tempo real
7) Sua missão permanece inalterada: ser forte em conteúdo local
8) Seus usuários são o seu conteúdo
9) Limitar o acesso a seus usuários significa destruir o seu negócio
10) Você é o responsável por transformar sua empresa

Não parece que foram escritos para os donos de jornais de Salvador?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Começa o enterro dos jornais

A circulação dos jornais continua caindo em todo o mundo. Os leitores fogem da mídia impressa como formigas de um açucareiro quente.

O pânico é geral. E poucos parecem entender os motivos, que são muitos. Por exemplo: os jornais deixaram de oferecer aos leitores o que eles esperam da imprensa: notícias (informações novas e interessantes).

Publicar que a bolsa de valores fechou em queda (ou alta) é notícia? Como, se quem se interessa pelo assunto já sabe disso desde o dia anterior?

Nos Estados Unidos, o Capital Times, de Madison, estado de Wisconsin, acaba de jogar a toalha. No dia 25 de abril último desistiu de sua versão impressa, cuja tiragem caíra de 40 mil para 18 mil jornais.

Agora, o Capital Times existe apenas na Internet.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Guarde estes links

Participei, no sábado passado, dia 17, do Curso de Extensão em Jornalismo Digital, promovido em Salvador pela FTC-Faculdade de Tecnologia e Ciências.

Prometi algumas sugestões de endereços úteis para o webjornalista.

Em vez de me dar ao trabalho de compilar uma relação, tomo emprestado a lista de links produzida por Ramón Salaverría para um curso que está ministrando em Kiev, na Ucrânia.

sábado, 17 de maio de 2008

O que os internautas estão vendo

Os internautas assistiram 10 bilhões de vídeos em fevereiro deste ano, um aumento de 66% em comparação com os números de igual mês do ano passado.

A informação está sendo divulgada agora pela comScore, empresa líder em monitoramento da web, nos Estados Unidos.

A boa nova para a Imprensa: "notícias" é a categoria que mais atrai a atenção dos usuários (veja no gráfico).

Os internautas passam mais tempo no site, quando há vídeos.

A média de visitas, no You Tube é de 17 minutos (no site do USAToday não passa dos 8).

Use o conteúdo da Reuters

A Reuters está liberando o seu conteúdo gratuitamente. Qualquer um pode, agora, reproduzir (desde que não haja uso comercial) os textos, arquivos de áudio e de vídeo produzidos pela Reuters.

A agência de notícias liberou APIs (pequenos trechos de código que, uma vez inseridos no site, exibem automaticamente o que for produzido pela Reuters).

Veja como incluir o conteúdo da Reuters em seu site (texto em Inglês).

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Último Segundo divulga Manual

O Manual de Redação do Último Segundo está disponível em versão PDF.

São apenas 37 páginas (portanto, não lhe tomarão mais de uma hora).

Jornalistas odeiam manuais de redação. Deveriam ler todos os que lhes caem às mãos. Há sempre o que se aprender, com eles.

domingo, 11 de maio de 2008

Ouça os sons de maio de 68

Quem participou das barricadas no bairro latino de Paris, das lutas pela independência na Guiné Equatorial, ouviu Jean Paul Sartre e Charles De Gaulle em maio de 68 ainda lembra dos sons como se tudo tivesse acontecido ontem.

Se você não estava lá também pode ouvi-los, reunidos no programa Documentos RNE, produzido pela RTVE-Radio Televisión Española.

Ouça uma transmissão de quase uma hora com os sons de 1968.

A terceira era da televisão

A RTVE-Radio Televisión Española promete colocar na web mais de um milhão de horas de vídeos. Tudo grátis.

O objetivo da RTVE, segundo seu presidente, Luis Fernández, é entrar na "terceira era da televisão".

A primeira teria sido marcada pelo monopólio, ou pela oferta limitada. A segunda, pela aparição de mais canais analógicos. A terceira se caracteriza pela grande diversidade de canais digitais e o aparecimento de novas tecnologias que permitem ao usuário diferentes formas de escolha e consumo.

domingo, 13 de abril de 2008

Blog cubano é bloqueado

O blog mais lido de Cuba, Generación Y, escrito por Yani Sánchez e que recebe mais de um milhão de visitas por mês, desagradou autoridades cubanas, que decidiram bloquear o acesso à página por computadores instalados na ilha.

Tudo por que Yani resolveu mostrar as dificuldades econômicas e as restrições políticas em Havana.

Retirar a liberdade de expressão é típico das ditaduras. Os chineses, por exemplo, não conseguem mais ver os vídeos do You Tube. Para que não tomem conhecimento das manifestações de apoio ao Tibet.

Tentativas de cercear o acesso à web acontecem em várias partes do mundo, como por exemplo no Paquistão e na Turquia.

E mesmo no Brasil juízes tem tentado censurar a Rede, felizmente sem sucesso até agora.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um truque para usar no Google

Muitas vezes gostaríamos de encontrar, no Google, apenas arquivos de determinado tipo. Por exemplo, apresentações em Power Point (ppt), textos feitos em Word (doc) ou gravados em PDF.

É possível indicar isso ao mecanismo de busca.

Se quisermos somente resultados que mostrem arquivos em Power Point, basta digitar dessa forma:

"Jornalismo Online" filetype:ppt

Ou, então:

Webjornalismo filetype:pdf (para buscas que incluam nos resultados apenas esse tipo de arquivo).

terça-feira, 8 de abril de 2008

Como atrair os jovens

Onde os jovens vão buscar informações, se querem saber o que está acontecendo na cidade? Nos cadernos culturais da mídia impressa? Nada disso. Eles têm uma bem montada rede, via MSN e/ou Orkut. É lá que eles se informam.

Os leitores dos jornais estão morrendo. E não há substitutos, para eles.

Os jornalistas sabem disso, mas poucos se preocupam em escrever para essa geração Net.

Se desejam atrair o público jovem, que tipo de navegação deve ser utilizada? Ana Isabel Bernal Triviño, professora da Universidad de La Laguna, publicou um artigo sobre o tema, na Revista Latina de Comunicación Social.

Chama-se "Preferencias de la información en Internet. Una nueva propuesta metodológica, ensayada con un grupo de universitarios".

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Outra ameaça ao jornalismo

Acompanhe, no excelente blog Dossiê Alex Primo, uma discussão sobre a ameaça do Twitter ao jornalismo.

Veja, também, o artigo "Usos do Twitter para redes sociais..." ]

Se você ainda não sabe o que é Twitter e para que serve, encontrará no mesmo texto um vídeo sobre o assunto.

domingo, 6 de abril de 2008

Publicitários continuam perdidos

Quando se fala em tráfego, na web, o que deve ser medido?

"A quantidade de hits", respondiam os publicitários, em 1998. "Os page views", juravam entre 2003 e 2005. "O número de visitantes únicos", garantiam em 2006 e 2007. "O tempo gasto pelo usuário no site", dizem, agora.

A constatação está no artigo "Think You Know Your Web Traffic?" (ou "Você pensa que conhece o tráfego do seu site?" - em uma tradução livre), que encontrei na página Columbia Journalism Review.

Uma das conclusões do artigo: "a verdade é que ainda não sabemos o que medir".

Como evitar ser engolido pela Internet

O jornalismo digital vai matar as mídias tradicionais? Estou convencido de que não, assim como a TV não eliminou o rádio. Mas as radionovelas, os programas de humor e de auditório sumiram do rádio. Agora são encontrados na TV.

A participação dos leitores (o chamado jornalismo cidadão) é apenas uma moda (e, portanto, passageira)? Para esta pergunta, concordo com a resposta que encontrei no post "25 idéias para jornalistas que não querem que a Internet lhes passe por cima..." (em espanhol).

"A participação dos cidadãos através dos meios é um direito para os usuários e um dever para o meio, que deve oferecê-la". A alternativa é a morte.

Outra reflexão interessante: os usuários deveriam "poder utilizar os meios não apenas para conversar com os jornalistas, mas também para contato entre si".

E a pergunta que não cala: "Por que ter um grupo de discussão no Facebook, sobre o Le Monde, e não tê-lo dentro do próprio Le Monde?", presente no mesmo post.

Como responder a isso?

segunda-feira, 31 de março de 2008

Estamos deixando de ser jornalistas

A origem da palavra jornalista está associada ao período de um dia. "Giorno", em italiano. Daí "giornale". O vocábulo "jornal" é originado das "Acta Diurna", de Júlio César. Em latim, "diurnalis".

Essa jornada de um dia, no entanto, está sendo pulverizada pela web.

O jornalista e sociólogo galego Ignacio Ramonet Míguez tem uma frase interessante sobre o assunto, que li no blog Impressão Online: "Un periodista ya no debería llamarse periodista hoy en día. Debería llamarse instantaneísta."

Ou, acrescentamos, pensando na expressão "real time" (tempo real), um "realista".

Jornalismo no celular

Que suporte anda com as pessoas praticamente todo o tempo? Pensou no telefone celular? Acertou.

E o que nós, da área de Comunicação, estamos produzindo para ser exibido nele? Praticamente nada que preste.

A Rede Globo promete acabar com esse marasmo, segundo a Folha Ilustrada, que cita Octavio Florisbal, diretor-geral da emissora.

De acordo com ele, a Globo "precisa o quanto antes produzir conteúdo específico para dispositivos móveis como celulares e miniTVs digitais".

Todos nós precisamos fazer isso.

domingo, 30 de março de 2008

Feito pelo público

A CNN lançou o iReport, site cujo conteúdo (texto, fotos, áudio e vídeo) é inteiramente produzido pelo público.

Cerca de dez mil pessoas já se cadastraram (numa média de 300 por dia).

Muitos jornalistas ainda resistem. Torcem o nariz para o chamado jornalismo cidadão (ou colaborativo).

"Onde fica a apuração?", perguntam. Como se os jornalistas apurassem tudo.

Quando ouvimos uma história de alguém não ficamos preocupados se quem nos dá a informação apurou os fatos.

O público sabe distinguir um texto jornalístico de uma colaboração, deseja ir além das cartas de leitores e reivindica a chance de também informar. Está conseguindo. Que bom!

Por que os jornais estão morrendo

Dois terços dos norte-americanos (67%) acham que os jornais tradicionais deixaram de publicar o que interessa aos leitores.

E quase metade (48%) migrou para a Internet, como fonte primária de informações.

É o que revela pesquisa da We Media/Zogby Interactive (em Inglês).

Onde nascem as notícias

Cada vez mais o webjornalismo pauta a mídia tradicional.

Um bom exemplo disso foi o escândalo que arrastou para a lata de lixo da história o governador de Nova Iorque, Eliot Spitzer (descobriu-se que ele adorava ir para a cama com prostitutas).

A notícia apareceu primeiro no site do jornal The New York Times.

E foi um blog, o Drudge Report, que revelou a participação do príncipe Harry, da Inglaterra, na guerra do Iraque.

Trabalho à vista

Neste sábado, dia 29, passei oito horas conversando com estudantes, jornalistas e professores em Vitória da Conquista, na Bahia.

O encontro - um curso de extensão - foi promovido pela FTC-Faculdade de Tecnologia e Ciências.

Antes, andei por cinco quarteirões, entre o hotel onde estava e o centro da cidade. Encontrei, no percurso, 13 lojas de informática e - o melhor de tudo - quatro (isso mesmo, quatro) livrarias.

Vitória da Conquista é um campo aberto (e fértil) para o jornalismo digital.

A população é informatizada, a cidade cresce exponencialmente, e há muito interesse, por parte dos jornalistas, em requalificação profissional.

Só é preciso juntar a tudo isso um espírito empreendedor.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Cem anos depois

Neste sábado, dia 29 de março, comemora-se o centenário de criação da primeira escola de Jornalismo do mundo, na Universidade de Missouri, nos Estados Unidos.

Um bom motivo para se discutir o ensino, hoje, e para que se possa refletir a respeito do futuro dessa profissão.