Os números podem esconder (ou revelar) grandes histórias. Só por esse motivo deveriam ser adorados pelos jornalistas. Mas, não. Eles são tratados com desprezo.
O Wordblog traz um texto ("Nove em cada dez jornalistas não entendem os números" - em Inglês), que merece ser lido.
Alinha exemplos que vejo quase todos os dias nos jornais. "A violência dobrou". Isso parece um desastre. Pode não ser. Se o total de casos passou de 1 para 2 a importância não é a mesma de outro em que o aumento foi de 1 mil para 2 mil.
Um exemplo que costumo citar: um banco anuncia que este ano vai liberar R$ 100 milhões para o financiamento de moradias. Preguiçoso, o jornalista apenas repete a informação. E lhe dá destaque.
E se no ano passado esse mesmo banco destinou R$ 200 milhões para o mesmo tipo de crédito? Aqueles R$ 100 milhões significam, na verdade, um corte de 50%. São uma notícia ruim, não uma boa notícia.
Os números revelam. E enganam. Mas deveriam ser tratados como amigos, pelos jornalistas.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Blogs merecem confiança
Blog é uma fonte confiável? A resposta é sim, cada vez mais.
Trabalho publicado pelo Grupo Arketi, especializado em novas tecnologias, revela que 54% dos jornalistas usam os blogs como fontes primárias.
Os sites merecem a confiança de 74% dos jornalistas consultados.
Trabalho publicado pelo Grupo Arketi, especializado em novas tecnologias, revela que 54% dos jornalistas usam os blogs como fontes primárias.
Os sites merecem a confiança de 74% dos jornalistas consultados.
- Veja resultado da pesquisa sobre as fontes dos jornalistas (em PDF)
Mídia abandona os jovens
Os números foram levantados pela BBC. Nos últimos dois anos, o interesse dos jovens londrinos (de 8 a 15 anos) pela programação da TV caiu de 96 para 93%; e, pelo rádio, de 40 para 20% (um abismo).
Ao mesmo tempo, 53% agora usam a Internet, contra 47% em 2005.
Eles estão abandonando as mídias tradicionais. Qual o motivo? É que foram abandonados, antes, por elas.
Que os jovens se interessam muito pela Web não é novidade para ninguém. Por que será, então, que não há montanhas de sites com conteúdo jornalístico voltado para esse público?
No Brasil, não conheço nem um só. Não está, aí, um belo nicho de mercado?
Ao mesmo tempo, 53% agora usam a Internet, contra 47% em 2005.
Eles estão abandonando as mídias tradicionais. Qual o motivo? É que foram abandonados, antes, por elas.
Que os jovens se interessam muito pela Web não é novidade para ninguém. Por que será, então, que não há montanhas de sites com conteúdo jornalístico voltado para esse público?
No Brasil, não conheço nem um só. Não está, aí, um belo nicho de mercado?
Sua rua também é notícia
Os jornais brasileiros teimam em competir com o New York Times. Vão perder sempre. Abrem generosos espaços ao jornalismo internacional e esquecem as notícias que teimam em ocorrer na esquina. E ainda se surpreendem com a perda contínua e acelerada de leitores.
Nos Estados Unidos, aposta-se no jornalismo hiperlocal. E haja hiper! Agora já se busca a notícia rua a rua.
Você se interessaria por um jornal que tivesse apenas notícias ocorridas na rua em que mora? Aposto que sim.
Os editores do YourStreet acham o mesmo. O jornal coleta informações na Internet e recebe contribuições de usuários cadastrados (são até 50 mil notícias por dia).
É como se houvesse um jornal para cada rua da cidade.
Os leitores agradecem. E a cada dia os jornalões fazem menos falta.
Nos Estados Unidos, aposta-se no jornalismo hiperlocal. E haja hiper! Agora já se busca a notícia rua a rua.
Você se interessaria por um jornal que tivesse apenas notícias ocorridas na rua em que mora? Aposto que sim.
Os editores do YourStreet acham o mesmo. O jornal coleta informações na Internet e recebe contribuições de usuários cadastrados (são até 50 mil notícias por dia).
É como se houvesse um jornal para cada rua da cidade.
Os leitores agradecem. E a cada dia os jornalões fazem menos falta.
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