sexta-feira, 26 de outubro de 2007

A Redação vai pra rua (e cabe no bolso)

Quando se fala em jornalistas pensa-se em uma pessoa com um bloco de anotações e uma caneta.

Se depender da Reuters e do Centro de Pesquisa Nokia essa imagem será brevemente substituída por outra, em que o destaque são os telefones celulares.

As duas organizações anunciaram uma iniciativa, chamada de Reuters Mobile Journalism, que pretende conectar teclado, microfone e um tripé ao Nokia N95.

No celular será possível editar textos, imagens e vídeos. Diretamente de onde está acontecendo a notícia.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Está chegando a notícia em estado bruto

O canal de notícias Euronews está anunciando o "No Comment TV", um canal de notícias inicialmente disponível apenas no YouTube.

Serão vídeos sem narração ou legendas, com a história contada apenas pela imagem, sem a editorialização do conteúdo.

É grande o número de jornalistas convencidos de que sua opinião é mais importante que os fatos. A Euronews pretende mostrar como estão errados.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Site permite encontrar emissoras de rádio

O rádio se beneficiou largamente da Internet. A web permitiu que suas transmissões escapassem da limitação imposta pela freqüência modulada e voltassem a ser captadas ao redor do mundo, como na época das ondas curtas.

Ouvir emissoras baseadas em países distantes era comum há 50 anos. Unia o mundo. Era um sacrifício captá-las, mas o esforço valia a pena.

Agora é bem mais fácil encontrar e ouvir uma emissora, esteja ela na Croácia ou no Sudão. Basta acessar o mecanismo de busca IHeard (Eu Ouço), ainda em versão beta, lançado pela Fusa Capital.

É possível refinar a busca por gênero musical, país ou idioma, por exemplo.

Outros mecanismos de busca da Fusa Capital:

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Procura-se um editor

Está faltando emprego para os jornalistas? A resposta é sim e não. Sim, se estivermos falando dos trabalhos tradicionais. Mas estão surgindo vagas para tarefas até pouco tempo inexistentes.

Um exemplo: o jornal britânico The Guardian está procurando um "editor de palavras-chave".
A função do novo cargo: verificar se as palavras-chave usadas no site do jornal são consistentes com as necessidades dos leitores e com a política editorial do The Guardian.

O profissional precisa circular com desenvoltura pelo texto, "cartoons", vídeos e podcasts.

A anúncio é um aviso para os estudantes: há vida inteligente fora das redações dos grandes veículos. Seu futuro trabalho pode nem ter sido inventado ainda.

domingo, 7 de outubro de 2007

Como ser um estudante de Jornalismo

Os conselhos estão no excelente Online Journalism Blog. Faço, aqui, um resumo dos principais.

1) Leia o noticiário - Surpreendentemente, alguns jornalistas não leiem jornais. Como querem escrever, se não lêem? Vejam o noticiário na TV e ouçam as notícias no rádio.

2) Esqueça que você tem opinião - Você acha que alguém se importa com o que você pensa? Seja objetivo (costumo dizer algo parecido a meus alunos: "O que você pensa não tem a menor importância". Quero dizer com isso: "Fatos. Fatos. Fatos. É isso o que o leitor espera do jornalista. Sua opinião guarde-a para quando estiver escrevendo um artigo. Todo jornalista tem e deve ter opinião, é claro. Só não cabe externá-la na matéria").

3) Faça contatos - Eles são vitais para o seu trabalho como jornalista. São eles que lhe contam o que está acontecendo.

4) Não fique sentado esperando a resposta do email - As pessoas podem ignorar emails e geralmente o fazem. Um telefonema é mais difícil de ignorar. Aprenda a usar o telefone, o celular, o Skype. Seja persistente.

sábado, 6 de outubro de 2007

Japão tenta atrair leitores jovens

A tentativa é desesperada. Três jornais japoneses - o conservador Yomiuri Shimbun, o liberal Asahi Shimbun e o econômico Nikkei - estão criando um portal de notícias, juntos.

O objetivo é atrair os jovens leitores para suas versões impressas.

Parece-me uma bobagem. Os jovens estão deixando de ler jornais porque não se identificam com a linguagem ou com os temas das reportagens.

A geração do hiperlink não se satisfaz com a estrutura - para eles antiquada - imposta pelos jornalões.

No Brasil, vemos os jornais tentando competir com o New York Times, em termos de cobertura internacional, virando as costas para os temas hiperlocais. É um suicídio lento e anunciado.

TV abre sucursais com uma só pessoa

O jornalista precisa dominar mais do que o idioma. Essa é uma exigência crescente, em várias redações.

Agora se espera que ele conheça tratamento de imagem, que consiga preparar histórias baseadas na fotografia, em áudio e vídeo, e mesmo tenha um domínio razoável de lógica de programação.

Exemplo dessa tendência parece ser a criação de sucursais com um profissional apenas, anunciada pela ABC News, canal deTV nos Estados Unidos.

Ele se encarregará de tudo, incluindo aí o uso da tecnologia necessária.

Leia, sobre o fato, o artigo "Emissora americana abre mini-sucursais internacionais".