sábado, 31 de maio de 2008

Globo investe nos bairros

A Globo colocou no ar o que poderia ser uma bela idéia de jornalismo participativo ou hiperlocal, mas que por enquanto é só uma bela idéia.

Trata-se do portal Bairros.com, com notícias de cada uma das regiões do Grande Rio, redigidas pelos repórteres dos Jornais de Bairro (enviadas para o site via celular) e a contribuição dos leitores.

Três problemas:
  • O nome é ruim por que o domínio bairros.com não pertence à Globo
  • É preciso se cadastrar para ter acesso ao conteúdo
  • Há poucos incentivos, nos textos, para a participação dos leitores

sexta-feira, 30 de maio de 2008

A lenta morte dos jornais impressos

A morte é anunciada e lenta, mas parece que os donos de jornais impressos estão de olhos vendados.

Continuam a perder leitores e valor de mercado, em marcha batida rumo ao fechamento.

Sobre o tema vale a pena ler o artigo “Out of print” (esgotado), que saiu na revista semanal New Yorker, assinado pelo repórter Eric Alterman (texto em Inglês).

Os números referem-se à imprensa norte-americana, mas o clima de funeral é o mesmo, em todo o mundo:
  • Só 19% das pessoas entre 18 e 34 anos lêem jornais
  • Desde 1990 foram fechados 25% dos títulos
  • A idade média das publicações é de 54 anos (e caindo)

terça-feira, 27 de maio de 2008

Como se fazia jornalismo

Podem ser lidos, na web, números inteiros de duas publicações que marcaram o jornalismo no Brasil: as revistas Careta (que começou a ser publicada em 1908) e Cruzeiro.

É material imperdível para os estudantes de jornalismo.

Os textos são uma delícia.

Da Revista Cruzeiro, por exemplo, anotei o seguinte trecho: "Ha annos atraz, uma perna feminina tinha todo o encanto das coisas ignoradas..."

Como tem mudado, este mundo!

domingo, 25 de maio de 2008

Dez conselhos aos donos de jornais

Os dez conselhos estão no estudo "Vá para a Web agora" (em Inglês), divulgado pela Belden Associates, consultoria especializada em mídia, aqui livremente traduzidos:
1) Seu web site não pode ser encarado como um problema
2) Seu web site não pode ser uma cópia do seu jornal
3) Você não é dono dos usuários, nem os controla
4) Você não tem a opção de negar aos usuários a geração de conteúdo
5) Seu web site não é lugar para reproduzir conteúdo ou publicidade da versão impressa
6) Seu web site deve conter importantes porções de conteúdo gerado em tempo real
7) Sua missão permanece inalterada: ser forte em conteúdo local
8) Seus usuários são o seu conteúdo
9) Limitar o acesso a seus usuários significa destruir o seu negócio
10) Você é o responsável por transformar sua empresa

Não parece que foram escritos para os donos de jornais de Salvador?

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Começa o enterro dos jornais

A circulação dos jornais continua caindo em todo o mundo. Os leitores fogem da mídia impressa como formigas de um açucareiro quente.

O pânico é geral. E poucos parecem entender os motivos, que são muitos. Por exemplo: os jornais deixaram de oferecer aos leitores o que eles esperam da imprensa: notícias (informações novas e interessantes).

Publicar que a bolsa de valores fechou em queda (ou alta) é notícia? Como, se quem se interessa pelo assunto já sabe disso desde o dia anterior?

Nos Estados Unidos, o Capital Times, de Madison, estado de Wisconsin, acaba de jogar a toalha. No dia 25 de abril último desistiu de sua versão impressa, cuja tiragem caíra de 40 mil para 18 mil jornais.

Agora, o Capital Times existe apenas na Internet.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Guarde estes links

Participei, no sábado passado, dia 17, do Curso de Extensão em Jornalismo Digital, promovido em Salvador pela FTC-Faculdade de Tecnologia e Ciências.

Prometi algumas sugestões de endereços úteis para o webjornalista.

Em vez de me dar ao trabalho de compilar uma relação, tomo emprestado a lista de links produzida por Ramón Salaverría para um curso que está ministrando em Kiev, na Ucrânia.

sábado, 17 de maio de 2008

O que os internautas estão vendo

Os internautas assistiram 10 bilhões de vídeos em fevereiro deste ano, um aumento de 66% em comparação com os números de igual mês do ano passado.

A informação está sendo divulgada agora pela comScore, empresa líder em monitoramento da web, nos Estados Unidos.

A boa nova para a Imprensa: "notícias" é a categoria que mais atrai a atenção dos usuários (veja no gráfico).

Os internautas passam mais tempo no site, quando há vídeos.

A média de visitas, no You Tube é de 17 minutos (no site do USAToday não passa dos 8).

Use o conteúdo da Reuters

A Reuters está liberando o seu conteúdo gratuitamente. Qualquer um pode, agora, reproduzir (desde que não haja uso comercial) os textos, arquivos de áudio e de vídeo produzidos pela Reuters.

A agência de notícias liberou APIs (pequenos trechos de código que, uma vez inseridos no site, exibem automaticamente o que for produzido pela Reuters).

Veja como incluir o conteúdo da Reuters em seu site (texto em Inglês).

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Último Segundo divulga Manual

O Manual de Redação do Último Segundo está disponível em versão PDF.

São apenas 37 páginas (portanto, não lhe tomarão mais de uma hora).

Jornalistas odeiam manuais de redação. Deveriam ler todos os que lhes caem às mãos. Há sempre o que se aprender, com eles.

domingo, 11 de maio de 2008

Ouça os sons de maio de 68

Quem participou das barricadas no bairro latino de Paris, das lutas pela independência na Guiné Equatorial, ouviu Jean Paul Sartre e Charles De Gaulle em maio de 68 ainda lembra dos sons como se tudo tivesse acontecido ontem.

Se você não estava lá também pode ouvi-los, reunidos no programa Documentos RNE, produzido pela RTVE-Radio Televisión Española.

Ouça uma transmissão de quase uma hora com os sons de 1968.

A terceira era da televisão

A RTVE-Radio Televisión Española promete colocar na web mais de um milhão de horas de vídeos. Tudo grátis.

O objetivo da RTVE, segundo seu presidente, Luis Fernández, é entrar na "terceira era da televisão".

A primeira teria sido marcada pelo monopólio, ou pela oferta limitada. A segunda, pela aparição de mais canais analógicos. A terceira se caracteriza pela grande diversidade de canais digitais e o aparecimento de novas tecnologias que permitem ao usuário diferentes formas de escolha e consumo.